Para: COVID-19 crítico e disfunção neurológica - uma análise comparativa direta entre o SARS-CoV-2 e outros patógenos infecciosos - Critical Care Science (CCS)

Carta ao Editor

Para: COVID-19 crítico e disfunção neurológica – uma análise comparativa direta entre o SARS-CoV-2 e outros patógenos infecciosos

Crit Care Sci. 2023;35(3):335-336

DOI: 10.5935/2965-2774.20230383-pt

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Ao editor,

Teixeira-Vaz et al. merecem aplausos por realizarem uma análise prospectiva da disfunção neurológica decorrente da infecção pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2) em comparação com outros patógenos.() Embora os autores mostrem que os pacientes gravemente enfermos pela doença do coronavírus 2019 (COVID-19) são propensos a complicações neurológicas, é necessário considerar fatores adicionais na interpretação dos resultados de sua pesquisa.

A comparação do índice revelou que o grupo COVID-19 ficou sob sedoanalgesia por um período significativamente mais longo do que o grupo não COVID-19 (p = 0,025, com n = 27 em cada grupo). Embora os dias sob sedoanalgesia não tenham surgido como um fator associado a complicações neurológicas na análise univariada com amostra pequena realizada por Teixeira-Vaz et al., continua sendo difícil fazer qualquer inferência significativa que fique aquém do conhecimento sobre a natureza da sedação.() A primeira se torna importante quando a literatura sistemática associa os benzodiazepínicos a um risco acentuado de delirium e a dexmedetomidina a um risco atenuado de delirium em pacientes críticos.(,) Fraser et al. também sugeriram aumento da ventilação mecânica e do tempo de internação na unidade de terapia intensiva (UTI) com sedativos benzodiazepínicos.() Os parâmetros descritos, mesmo no estudo de Teixeira-Vaz et al., provavelmente poderiam ter sido afetados por variáveis além da natureza da doença subjacente (SARS-CoV-2 ou outras infecções), a menos que alguma abordagem de manejo protocolizada, como o pacote ABCDEF, fosse seguida pelo grupo de pesquisa.(,)

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