Lemos com interesse o estudo de coorte observacional, prospectivo, realizado em um único centro, sobre a relação entre o diâmetro da secção transversal do reto femoral, o grau de excursão diafragmática e o desfecho do desmame de 81 pacientes graves, realizado por Vieira et al.() Foi constatado que o sucesso do desmame da ventilação mecânica em pacientes graves está associado a uma maior área da secção transversal do reto femoral e à excursão diafragmática.() O estudo é convincente, mas tem limitações que devem ser discutidas.
A primeira limitação do estudo é que a área da secção transversal do reto femoral depende de vários fatores não padronizados. A medição por ultrassom da área da secção transversal do reto femoral depende da idade, sexo, ingestão calórica, dieta, perfusão arterial local, condição física do paciente antes da admissão na unidade de terapia intensiva, inervação do músculo, doença prévia, comorbidades e medicação em uso. Portanto, poucas coortes homogêneas podem ser geradas, o que torna os resultados pouco confiáveis.
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