Infecções relacionadas à assistência à saúde no Brasil: precisamos de mais do que colaboração - Critical Care Science (CCS)

Editorial

Infecções relacionadas à assistência à saúde no Brasil: precisamos de mais do que colaboração

Infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) e multirresistência a antimicrobianos exigem um esforço global para sua contenção.() As IRAS têm prevalência estimada entre 7 – 10% mundialmente, e, considerando os países em desenvolvimento, a incidência chega a 15%. Essa diferença é mais marcante quando comparadas às incidências de IRAS nas unidades de terapia intensiva (UTIs), estimada em 47,9 por mil pacientes/dia em países em desenvolvimento e 13,9 por mil pacientes/dia nos Estados Unidos.()

O impacto das IRAS é amplo: maior tempo de internação e maior mortalidade, principalmente quando as infecções são associadas à multirresistência.(,) Cassini et al. demonstraram que, em 2015, cerca de 670 mil pacientes morreram devido à multirresistência, 63,5% deles associados a cuidados de saúde. Essas infecções também foram associadas a número significativo de disability-adjusted-life-years (esperança de vida corrigida pela incapacidade).() Quase US$15 bilhões foram gastos em 2016 devido às IRAS, e €8.500 a 34 mil por infecção são gastos a mais devido ao tempo de internação mais longo e tratamentos adicionais, como estimado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).(,)

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