Desfecho neurológico após parada cardíaca: problemas frios e sombrios - Critical Care Science (CCS)

Desfecho neurológico após parada cardíaca: problemas frios e sombrios

Rev Bras Ter Intensiva. 2015;27(4):305-306

DOI: 10.5935/0103-507X.20150051

Visualizações 0

A formulação do prognóstico após uma parada cardíaca é importante para os pacientes, seus familiares e os profissionais de saúde, e tem implicações éticas e sociais. Com a introdução da hipotermia terapêutica em pacientes comatosos após retorno da circulação espontânea,(,) a questão do prognóstico tornou-se ainda mais complexa, tendo surgido novas preocupações, em particular no que se refere à necessidade de mais tempo e ao fato de depender de múltiplas ferramentas.

As diretrizes de ressuscitação cardiopulmonar publicadas em 2010() já enfatizavam não haver estudos de qualidade que dessem suporte ao uso de qualquer modalidade de exame de imagem para se avaliar o prognóstico de pacientes que se mantivessem em coma após o retorno da circulação espontânea, de maneira que as decisões referentes à limitação do cuidado não deveriam ser tomadas baseadas nos resultados de uma única ferramenta. As novas diretrizes publicadas em 2015 trouxeram alguma evolução. Estas diretrizes salientam a necessidade de um cuidadoso exame clínico neurológico diário para a fundamentação do prognóstico e consideram a existência de múltiplos estudos que apoiam o uso de diversas modalidades para avaliação de prognóstico: exame clínico, estudos neurofisiológicos (potenciais evocados somatossensoriais e eletroencefalografia), marcadores bioquímicos (sendo a enolase específica de neurônios a mais comumente utilizada), estudos de imagem (tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética – RNM).()

[…]

Comentários

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Leia também