A liberação de citocinas induzida pela morte cerebral não está associada à disfunção primária do enxerto: um estudo de coorte - Critical Care Science (CCS)

A liberação de citocinas induzida pela morte cerebral não está associada à disfunção primária do enxerto: um estudo de coorte

RESUMO

Objetivo:

Examinar a associação entre os níveis de citocinas no plasma do doador e o desenvolvimento de disfunção primária do enxerto de órgãos transplantados a partir de doadores falecidos.

Métodos:

Foram incluídos no estudo de forma prospectiva 17 doadores falecidos e os respectivos 47 pacientes receptores de transplante. Os receptores foram divididos em dois grupos: grupo 1, de pacientes que desenvolveram disfunção primária do enxerto, e grupo 2, de pacientes que não desenvolveram disfunção primária do enxerto. Os níveis de TNF, IL-6, IL-1β, e IFN-γ, avaliados por meio de ELISA, foram comparados entre os grupos.

Resultados:

Obtiveram-se 69 órgãos, sendo realizados 48 transplantes. Os níveis plasmáticos de citocinas nos doadores não diferiram entre os grupos (em pg/mL): TNF no grupo 1, com 10,8 (4,3 – 30,8) versus no grupo 2, com 8,7 (4,1 – 33,1), com valor de p = 0,63; IL-6 no grupo 1: 1.617,8 (106,7 – 5.361,7) versus no grupo 2: 922,9 (161,7 – 5.361,7), com p = 0,56; IL-1β, no grupo 1: 0,1 (0,1 – 126,1) versus no grupo 2: 0,1 (0,1 – 243,6), com p = 0,60; e IFN-γ, no grupo 1: 0,03 (0,02 – 0,2) versus no grupo 2: 0,03 (0,02 – 0,1), p = 0,93). Obtivemos resultados similares ao examinar separadamente os casos de transplante renal.

Conclusão:

Nesta amostra de receptores de transplante, os níveis plasmáticos das citocinas TNF, IL-6, IL-1β e IFN-γ nos doadores não se associaram com o desenvolvimento de disfunção primária do enxerto.

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