Avaliar a associação do estado nutricional e do consumo proteico com o desfecho clínico de pacientes críticos em uso de terapia nutricional enteral em uma unidade de terapia intensiva.
Estudo retrospectivo de caráter observacional analítico, realizado por meio da coleta de dados secundários registrados nos prontuários de pacientes ≥ 18 anos, internados na unidade de terapia intensiva e que receberam terapia nutricional enteral exclusiva por pelo menos 72 horas em 2017. O estado nutricional foi avaliado pelo índice de massa corporal e pela circunferência do braço. Para a estimativa das necessidades proteicas, foi considerada a recomendação da American Society for Parenteral and Enteral Nutrition. A adequação nutricional foi realizada por meio da coleta diária do volume da fórmula enteral prescrita e administrada. Nas análises, utilizaram-se testes paramétricos e não paramétricos e foi considerado significante p < 0,05.
Dos 188 pacientes avaliados, 71,3% eram do sexo masculino, com idade mediana de 48,5 anos (31,0 – 63,75). O principal diagnóstico clínico foi o trauma (46,3%) e a eutrofia foi o estado nutricional mais frequente (54,8%), segundo o índice de massa corporal, e de 46,4% pela circunferência braquial. A adequação proteica esteve insuficiente em 56,4% dos pacientes e apenas 46,8% atingiram a recomendação proteica mínima. A ocorrência de mortalidade esteve associada ao diagnóstico nutricional, ao índice de massa corporal (p = 0,023) e à circunferência do braço (p = 0,041), assim como a adequação proteica (p = 0,012).
O estado nutricional e o consumo proteico estiveram associados de forma siginificante ao desfecho clínico dos pacientes críticos.
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