Políticas de visitação na unidade de terapia intensiva no Brasil: primeiros passos na América Latina - Critical Care Science (CCS)

Políticas de visitação na unidade de terapia intensiva no Brasil: primeiros passos na América Latina

Rev Bras Ter Intensiva. 2014;26(4):328-329

DOI: 10.5935/0103-507X.20140048

Visualizações 1

A terapia intensiva é um processo complexo, com importantes repercussões para as famílias dos pacientes. Uma abordagem sistemática, que incorpore o cuidado familiar, é um dos pilares do cuidado humanizado. Além dos aspectos humanos, essa filosofia se associa a desfechos pragmáticos e à melhor comunicação, além de satisfação da família com o cuidado oferecido.(,)

Alguns autores demonstraram como a satisfação da família com os cuidados oferecidos pela unidade de terapia intensiva (UTI) é influenciada por fatores além de horário aberto de visitação ou frequência das visitas.() Esses fatores incluem boa capacidade de comunicação, cortesia da equipe da UTI, compaixão, respeito, informação de alta qualidade oferecida à família e um nível satisfatório dos cuidados de saúde oferecidos ao paciente. São também importantes os aspectos estruturais, como salas de espera, instalações para permanência curta ou longa da família, e a logística da visitação (número e vezes permitidos para visitação). Contudo, é importante ter em mente que estas são questões controvertidas, que levam a numerosos debates entre especialistas em todo o mundo. As equipes de saúde têm justificado a restrição das horas de visitação argumentando que a visitação interfere na prestação dos cuidados de enfermagem, acarretando aumento de sua carga de trabalho, devido a perguntas, preocupações e solicitações dos familiares.() As sociedades de terapia intensiva enfatizam a necessidade da implantação de cuidados humanizados, sendo, portanto, necessário encontrar o ponto ideal de equilíbrio.(,)

[…]

Comentários

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Leia também