As instalações de saúde na Índia são instituições privadas ou dependem de financiamento púbico. A maior parte dos leitos em unidades de terapia intensiva (UTI) na Índia se encontra em hospitais privados. Os relativamente poucos leitos disponíveis em hospitais públicos (que oferecem tratamento gratuito) constituem cerca de 10% das estruturas disponíveis para pacientes graves na Índia. Seguros de saúde e previdência social são quase inexistentes, sendo que 57,6% do custeio total da saúde é desembolsado pelo próprio paciente ou família.() Os custos diários de uma UTI podem ser de aproximadamente cem vezes a renda per capita indiana.() Assim, um único episódio de admissão à UTI pode empobrecer uma família. Entretanto, esquemas inovadores de financiamento via diversos governos estaduais e contribuições de organizações sociais têm permitido um aumento do número de pacientes com acesso a instalações avançadas para cuidados da saúde. Há um claro papel para a terapia intensiva, considerando-se uma população relativamente jovem e o ônus significativo de diversas doenças infecciosas tropicais, trauma, intoxicações e envenenamentos, e a crescente incidência de doenças não contagiosas, como diabetes, doença arterial coronariana e câncer. Na verdade, a terapia intensiva na Índia pode não ser tão cara quanto tratar um linfoma não Hodgkin.() É essencial aumentar o número de leitos de UTI, e melhorar as instalações e recursos humanos dos hospitais públicos.() Os investimentos na terapia intensiva, envolvendo equipamentos, organização, treinamento da equipe e investimentos em educação podem aumentar os custos iniciais, mas esses esforços se comprovarão custo-efetivos em longo prazo.
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